HISTÓRICO:
1 - Aspectos Históricos de Nova Tebas
No dia 8 de dezembro de 1987, a Lei Estadual No
8.624, realizava o sonho do Padre Antonio Holler, que desde a década de 70,
defendia a criação do município de Nova Tebas. A campanha iria atingir seu
ápice e premiar a persistência dos abnegados pioneiros em 1986, quando um
abaixo assinado, de iniciativa do Edil Donato Esser, que representava o
distrito na Câmara de Vereadores de Pitanga, contendo mais de 5.000
assinaturas, foi apresentado na Assembléia Legislativa do Estado, inicialmente
pelo deputado Trajano Bastos. Acabou sendo aprovado naquela casa e com a sanção
do governador Álvaro Dias, estava oficialmente criado o município de Nova
Tebas.
No entanto, a história do município se inicia lá pelo
ano de 1930, quando o local denominado "Tabatingüera", era ainda mata
virgem, conhecida apenas por caçadores. Taba em tupi-guarani significa aldeia,
portanto "Aldeia Tingüera". Provavelmente, o primeiro povoado de Nova
Tebas foi uma aldeia indígena.
Com a chegada dos primeiros moradores, “dito
civilizados”, na confluência dos três córregos que formam o rio Três Barras,
que afluente do Rio Vorá, passou a ser conhecido por Três Barras.
O povoado foi formado entre 1940 e 1950, com a
chegada das famílias de Vítor Lourenço, Nicolau Horodenski, Venceslau Ezequiel
dos Santos, José Gouveia, Manoel de França, José Duarte Rosa, Antonio
Pontarolo, Francisco Santana, Estanislau Schimanski, Antonio Michack, Bernardo
Laittener, Sebastião de Matos, Joaquim Berardi, Herondi Dal Santo, Varsilio Hrysyki,
Francisco Berger, famílias Brand, Oeneing, entre outras. Nos anos sessenta,
houve uma intensa migração dos estados de Pernambuco, Espírito Santo, Bahia,
Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo.
Em 1961, um personagem conhecido por "o
Grego", Elias Papanastácio, adquiriu uma área de terras (rural) para
loteamento urbano, com a intenção de fundar uma cidade. Em referência ao seu
país de origem, decidiu chamá-la de "Nova Tebas", mas somente em
1984, através da Lei Estadual no 7.958, de 22 de novembro de 1984, o povoado de
Bela Vista teve sua denominação definitivamente alterada para Nova Tebas.
Em 1963, quando só havia 14 casas na jovem Nova
Tebas, Benedito Cardoso de Aguiar abriu a primeira farmácia. Na mesma época
chegou o primeiro veículo automotor na cidade. Era uma Rural Willis e pertencia
a Alipio Portugal. O motorista, Francisco Dica não tinha muito para onde ir,
pois as estradas eram precárias. A principal estrada ligava Nova Tebas à
Pitanga, passando por Bela Vista e os meios de transporte da época eram o lombo
de cavalos, cargueiros, charretes e carroças.
Os pioneiros não dispunham de conforto. Viviam sem
energia elétrica e a água utilizada era de poços. Não havia escolas, assistência
médica e o comércio local contavam com apenas quatro casas. Há registros das
casas de comércio de Mário Moleta, Carlos Laittener e Herondi Dal Santo.
A economia gerada pelas lavouras principalmente de
milho, feijão e café e a pecuária, criação de suínos (safristas que levavam os
rebanhos para comercializar em
Ponta Grossa) e bovinos, favoreceu o desenvolvimento do
comércio local culminando na emancipação do município 26 anos após a empreitada
do grego Elias Papanastácio.
Em 08 de dezembro de 1987, foi elevado à categoria de
município com a denominação de Nova Tebas, desmembrado de Pitanga. No entanto,
a instalação do município ocorreu somente em 1º de janeiro de 1989, com a
eleição do seu primeiro prefeito. Na oportunidade foi eleito o Sr. Luiz Carlos
Petrechen, prefeito municipal.
Fonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
É autorizada a cópia, reprodução e utilização dos artigos, desde que citado a fonte!Cópia não autorizada é crime! Combata, denuncie!
ASPECTOS DA GEOGRAFIA:
CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
LOCALIZACAO: Nova Tebas localiza-se no terceiro
planalto paranaense, na porção Centro Oeste do estado. Pertence a Micro-região
de Pitanga e participa da Associação dos municípios do Centro do Paraná
(Amocentro). Na busca do desenvolvimento a região está organizada no chamado Território
Paraná Centro e também é Território da Cidadania.
COORDENADAS : Latitude: 24º26’17’’ Sul
Longitude: 51º56’43’’ W
ALTITUDE: A sede
está a 680m acima do nível do mar. Porém a amplitude altimétrica do município
varia de 360m ao norte na confluência do Rio Muquilão com o Corumbataí até 900m
ao sul na divisa com Pitanga (Mineropar, 2005).
ÁREA URBANA: 65.000 m²
LIMITES DO MUNICÍPIO: NORTE: Jardim
Alegre
SUL: Pitanga
LESTE:
Pitanga, Manoel Ribas e Arapuã
OESTE: Roncador e Iretama
COMARCA: Manoel Ribas
REGIÃO: Ivaiporã
Fonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
POPULAÇÃO:
Nova Tebas constitui-se um município com características
muito parecidas aos demais municípios de pequeno porte, onde há um predomínio
de população masculina, diferentemente dos grandes centros urbanos. Outro dado
muito diferente das cidades maiores é o predomínio de população no meio rural,
pois ainda constatamos que 4.507 habitantes, ou seja, 60,92% das pessoas
vivendo no campo, contra 2.891 habitantes, representando 39,07% residindo na cidade.
População de Homem residentes no município:
- 3.814
habitantes homens na sua totalidade.
- 1.434
habitantes residentes, homem, urbano
- 2.380 habitantes residentes, homem,
rural
População de Mulheres residentes no município:
- 3.584 habitantes mulheres na sua
totalidade
- 1.457 habitantes residentes, mulheres,
urbanas
- 2.127 habitantes residentes mulheres,
rural
Totalizando - 7.398 habitantes
FONTE: Caderno Estatístico IPARDES, 2012
A densidade demográfica (2010) era de 12,98 hab/Km²,
apresentando um crescimento populacional negativo de 5,47 e esperança de vida
ao nascer de 68,65 anos (2000), sendo sua população 67% da população são de
raça branca.
Observa-se segundo dados
que a diferença entre o número de homens e mulheres é muito pequena. O maior
número de homens concentra-se na faixa etária de 40 a 49 anos e de mulheres na
faixa etária de 30 a
39 anos. Nota-se que 27,52% da população situam-se na faixa etária de 30 a 49 anos. Quanto à
população acima de 60 anos observa-se que existe maior número de homens do que
de mulheres, ou seja, são 569 homens para 487 mulheres. A diferença entre o
número de crianças entre 0 e 9 anos e a população acima de 60 anos também é
pequena são 1017 crianças para 1056 idosos. Nota-se uma diminuição da população
de Nova Tebas, pois a população jovem migra para outras cidades em busca de
emprego. Com as novas políticas de saúde e aumento da expectativa de vida
percebe-se um aumento no número de idosos.
A população estimada para 2012 é de 7085
Fonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
POLÍTICA:
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Em 14 de agosto de 1957, o povoado de
Bela Vista foi elevado à categoria de distrito administrativo pela Lei Estadual
n.º 3.267/57, com território jurisdicionado ao município de Pitanga.
Em 22 de novembro de 1984, o povoado de
Bela Vista teve sua denominação alterada para Nova Tebas pela Lei Estadual no
7.958/84.
Em 08 de dezembro de 1987, foi elevado à
categoria de município com a denominação de Nova Tebas, pela Lei Estadual n.º
8.624/87, desmembrado de Pitanga. No entanto, a instalação do município ocorreu
somente em 1º de janeiro de 1989, com a eleição do seu primeiro prefeito.
Em 1990, o município de Nova Tebas foi
recriado pela Lei Estadual no 9.111, de 25 de janeiro de 1990, com as
retificações de seus limites.
Em divisão territorial datada de 1º de
junho de 1995, o município foi constituído de dois distritos: Nova Tebas e
Poema.
Em divisão territorial efetivada em 15 de
julho de 1999 o município foi constituído por três distritos: Nova Tebas,
Catuporanga e Poema, permanecendo até os dias atuais.
HIDROGRAFIA: Fonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CORUMBATAÍ
Dentro do território do município de Nova Tebas, os
afluentes da bacia hidrográfica do rio Corumbataí situam-se na porção leste do
município sendo que dentre os principais afluentes destacam-se os rios Vorá (5ª
ordem) e seu afluente o rio Barreirinho (4ª ordem), o rio Taquaruçu, córrego
Volta Grande, córrego do Tigre e seu afluente córrego da Anta, água Melado,
água do Teimoso e outros córregos de menor extensão.
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MUQUILÃO
Os afluentes do rio Muquilão situam-se na porção
oeste do município destacando-se o rio Liso e os córregos Jacutinga, do Gaúcho,
Sete Passos, da Abelha, do Ingá, Pinta Roxa e outros de menor importância
(MINEROPAR, 2005).
Fonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
SOLOS:
EOLOGIA, GEOMORFOLOGIA E SOLOS
O município de Nova Tebas situa-se sobre a Placa
Sul-Americana, na bacia intracratônica do Paraná, no Terceiro Planalto
Paranaense, numa área recoberta de rochas ígneas efusivas básicas pertencentes
à Formação Serra Geral, originadas pela seqüência de extensos derrames
vulcânicos não explosivos (derrames basálticos de Trapp) ocorridos cerca de 145
e 120 milhões de anos, entre os períodos Jurássico Superior e o Cretáceo Inferior,
período imediatamente anterior à abertura do Atlântico Sul (SALAMUNI et al.,
1999).
De acordo com MINEROPAR (2005), a Formação Serra
Geral é representada por um espesso pacote de lavas basálticas continentais,
com variações químicas e texturais importantes, resultantes de um dos mais
volumosos processos vulcânicos do continente.
No município de Nova Tebas, esses derrames podem
atingir uma espessura de 30 a
40 m ,
compostas de três partes: base, zona central e topo. A base constitui a zona
vítrea e vesicular, material de fácil decomposição. A zona central é a mais
espessa e maciça, porém recortada por juntas verticais, que formam um arranjo
prismático que se assemelha a colunas hexagonais. O topo de um derrame típico
apresenta os denominados olhos de sapo, resultantes da concentração dos gases
abaixo da superfície de lava em resfriamento, formando bolhas que são
posteriormente preenchidas (amígdalas) ou permanecem vazias (vesículas).
Segundo MINEROPAR (2005), a combinação do denso
fraturamento da zona central com as zonas vesiculares do topo dos derrames pode
gerar canais alimentadores de aqüíferos subterrâneos. Por isso, nas zonas onde
aparecem os afloramentos basálticos, deve-se evitar a descarga de efluentes
químicos, industriais e domésticos para se evitar a contaminação das águas.
A Formação Serra Geral aflora em todo o território do
município e é responsável pela conformação topográfica em mesetas e platôs
elevados do seu relevo. Segundo a MINEROPAR (2005), as unidades de derrames da
Formação Serra Geral podem ser percebidas através das quebras de relevo que as
delimitam formando verdadeiras escarpas, representadas por áreas com
declividades superiores a 20%, aproximadamente coincidentes com os contatos
entre os derrames.
O relevo do município de Nova Tebas pode ser descrito
como predominantemente ondulado em altitude média de 650 m s.n.m. Sua cota máxima
de 900 m
s.n.m. aparece próxima às cabeceiras do rio Barreirinho, ao sul do município e
a cota mais baixa com 360 m
s.n.m., na confluência dos rios Muquilão e Corumbataí, no extremo norte do
município (MINEROPAR, 2005).
De acordo com essa mesma fonte, a distribuição do
relevo ao longo do território é representada por: cerca de 40% de áreas planas
ou suavemente onduladas e 60% de áreas de média à alta declividade, com
desníveis de mais de 100
metros ao longo dos vales com afloramentos de rocha
basáltica nas cotas mais elevadas. O uso das zonas com alta declividade do
terreno deve ser controlado devido ao risco de contaminação de lençóis
freáticos e dos aqüíferos subterrâneos, assim como as áreas situadas nas
planícies aluvionares, sujeitas a alagamentos e inundações.
Solos
Segundo avaliação geológica e geotécnica realizado
pela MINEROPAR (2005), o município de Nova Tebas possui potencial para exploração
de blocos para pavimentação poliédrica, brita para construção civil e saibro
para recuperação de estradas, além dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos.
Segundo o levantamento de reconhecimento dos solos do
Estado do Paraná para fins agrícolas (EMBRAPA, 1981), o município de Nova Tebas
apresenta solos desenvolvidos a partir de produtos provenientes da
intemperização de rochas eruptivas básicas do derrame de Trapp, do Grupo São
Bento, do Jurássico-Cretáceo, em diferentes estágios de intemperização.
De acordo com o Sistema de Classificação de Solos
Brasileiros (EMBRAPA, 1999), há no município de Nova Tebas o predomínio de
Neossolos litólicos e Cambissolos nas porções mais acidentadas do relevo, e
ocorrência de Latossolos nas porções mais planas, normalmente exploradas pela
agricultura intensiva e mecanizada, principalmente com o plantio da soja, milho
e trigo.
As áreas mais acidentadas, onde a mecanização é
dificultada pela inclinação do terreno, são normalmente ocupadas por pastagens.
Topografia:
Relevo forte ondulado a montanhoso, com vários
declives.
Hidrografia:
O município de Nova Tebas pertence à bacia
hidrográfica do rio Ivaí, tributária da bacia hidrográfica do rio Paraná
(IAP/SUDHERSA, 2000).
Toda
a área do município é banhada por uma extensa e intrincada rede de drenagem com
vergência dominante para o norte, sentido rio Ivaí, distribuída em duas bacias
hidrográficas principais: do rio Corumbataí e de seu afluente Muquilão, que
delimitam boa parte do município respectivamente a leste e oesteFonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
CLIMA:
O clima predominante da região, segundo a classificação
de Köppen, é do tipo subtropical úmido mesotérmico (entrefácies de Cfa – Cfb),
sem estação seca definida, com tendência de concentração de chuvas nos meses de
verão.
A temperatura média anual gira em torno de 20º C, com
verões frescos e invernos com ocorrência de geadas severas. A média das
temperaturas dos meses mais quentes na região de Nova Tebas é de 26,5º C e a
dos meses mais frios de 14,5º C, com temperaturas em torno de 0º C durante a
ocorrência de geadas (IAPAR, 2005).
Na região de Nova Tebas, a umidade relativa do ar
varia entre 75 a
80% sendo que a precipitação média total anual varia entre 1.600 a 2.000 mm com tendência de
concentração das chuvas nos meses de verão e escassez no inverno.
No verão as médias de precipitação variam entre 530 a 660 mm e os meses de julho e
agosto, identificados como o período mais seco do ano, apresenta uma variação
média entre 85 a
100 mm .
O coeficiente de variação pluviométrica varia entre 15 a 25% e a evapotranspiração
anual em entre 900 a
1.000 mm
(IAPAR, 2006).
Fonte: Marcos Antonio de Freitas - PMDR, 2013.
AGROPECUÁRIA:
em construção.....
Nenhum comentário:
Postar um comentário